Um jardim no telhado? Tudo o que precisa de saber…

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Embora até há poucos anos fosse extremamente raro encontrar uma cobertura ajardinada em Portugal, a sua instalação e manutenção são hoje um elemento favorito da arquitetura moderna, incluindo no nosso país.

Civilizações antigas, da Mesopotâmia ao Império Romano, já desfrutavam deste tipo de coberturas nas suas edificações tradicionais. Durante séculos, muitos povos deixaram-se seduzir pelas vantagens de uma cobertura ajardinada, incluindo-as nos seus projetos de construção.

Desde o aumento da vida útil da cobertura à melhoria da eficiência energética, com a consequente poupança na fatura de consumo, passando pelo isolamento térmico e acústico, ou até pela melhoria da qualidade do ar que respiramos e contribuição para a retenção de carbono, são muitas as vantagens que justificam a instalação de uma cobertura ajardinada.

O que temos de ter em conta na hora de a instalar? É cara a sua manutenção? Que tipo de plantas são as mais adequadas?

Atenção aos conselhos dos especialistas. Estas são algumas das coisas que deve ter em conta.

O desenho do projeto deve incluir a definição de todos os elementos que se vão instalar na cobertura ajardinada (suporte base, impermeabilização, isolamento, capas drenantes e filtrantes, substrato e vegetação). Uma boa planificação da instalação e dos sistemas aplicados é a melhor forma de prevenir problemas em qualquer tipo de cobertura e, em especial, numa cobertura ajardinada.

Os acessos aos remates perimetrais da impermeabilização devem estar visíveis para as visitas de manutenção. Assim, recomenda-se deixar todo o perímetro e as interceções bem reforçadas.

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Deve-se ter em conta o peso intrínseco do sistema da cobertura ajardinada, de modo a calcular corretamente a estrutura do edifício. Além disso, há que considerar o peso dos elementos de contenção de água. É fundamental definir uma drenagem adequada, segundo a carga de terreno. É fundamental ter em conta que as lâminas drenantes não são todas iguais e nem todas têm a mesma capacidade de drenar. Por isso, há que escolher uma com capacidade de carga alta à compressão.

E embora não queiramos pensar nisso, há sempre que prever os fenómenos meteorológicos adversos. Face às chuvas intensas, torrenciais ou tempestades repentinas, é aconselhável considerar no desenho da cobertura a utilização de elementos que permitam acumular temporariamente a água pluvial e reduzir o escoamento às zonas mais saturadas. Existem sistemas de cobertura de reservatório capazes de acumular temporariamente a água sem que a cobertura deixe de ser transitável, inclusive para veículos.

No que diz respeitos às plantas da nossa cobertura ajardinada, antes de as escolher há que ter em conta fatores arquitetónicos, mas sobretudo climáticos. É importante conhecer o clima, a quantidade de chuva, as horas de exposição solar, os ventos ou os períodos de seca ou geada.

O melhor, em caso de dúvida, é deixar-se assessorar por especialistas em paisagismo e jardinagem para incluir a vegetação e as plantas adequadas, em função do clima, da espessura da capa de terra e da possibilidade de rega e de manutenção.

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